ALERTA DE VÍRUS: os invisíveis mandam dizer

Essa obra é extremamente frágil. Sua sobrevivência depende de teu desejo em repassá-la para outros, pois a autora não disponibilizou o arquivo em nenhum lugar para download. Agora é com você.

Esta obra es extremadamente frágil. Su sobrevivencia depende de tu deseo de reenviársela a otros, puesto que la autora no ha colocado este archivo en ningún sitio para descargarlo. Ahora están contigo.

This work is extremely fragile. Its survival depends on your wish to forward it to others, because the author hasn't made the file available for downloads anywhere. These are only words in a barely read language. Now it's up to you.

Bate-papo/Chat: dia 22 de maio de 2008

Horário: 13h Brasília, 1 PM [UTC/GMT: -3]

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ALERTA DE VÍRUS

: os invisíveis mandam dizer

ana rüsche

maio brasil

media docena de poemas cortitos

à prova de impressão

hecho para gente com curiosidade en las manos

que dios nos agarre confesados.

whiteout

(sinto que houve

uma chuva de estrelas cadentes na pele

mas é tanta cidade iluminada que não se vê mais as constelações

que desenho para meu amor, minhas rotas de escuros)

fui eu quem fiquei com os últimos cães da matilha

que por amizade são os únicos que desembestam o trenó,

agora que não podemos mais andar.

fomos nós os abandonados quando a base se fechou

para este inverno grosso

de ouvidos cerrados de gelo essa verdade entra como pau duro no teu ouvido

agora é essa tua mão

direita que desliza cirurgicamente fria

e move algo nessa tela

onde esculpe e escalpela novamente

minhas brancas estalactites cravejadas de dores

sem me tocar

você que me lê agora,

onde esteve por todos esses dias cegos?

(make a wish)


soletrando o cruzeiro do sul

i.

: queria te escrever um poema assim, muy lindo,

mas era tanto tanto que nunca seria escrito, sabe?

exatamente o que se perde é o que se gostaria de estar ali

a poesia só consegue cantar

(nesse pobre estado de permanente saudade)

sobre tudo que já não está mais ali

como essa areinha fina que faz cócegas nas calçadas

como esses poços escuros entre as estrelas que me olham tuas pupilas

ii.

Baby, en serio que así uno ya no sabe dónde empieza la ficción y

termina lo que es. Epígrafe retira de El Libro de A, volume ii

amor, hoje quem brilha é a estrela de magalhães

acima desses céus febris e chuvosos de ontem à noite

e a constelação do centauro, este meio-niño, meio-mulher,

apresenta-se como o profeta que indica o caminho

: no hay camino.

e assim confiante, prossigo a escrever

poemas em branco

que por absolutamente não existirem

podem soar todos sonhos de ruas e linhas de estrelas que se cruzam

iii.

o dia tão clarificado novamente

apaga uma a uma dessas letras em brancolimpo-limpol.

mas é como tinta negrafresca da madrugada

a poesia que nos falou ainda ontem

ela hoje cedo que nos desfigura a navalhadas lentas

fundas e sem norte

iv.

como eu imagino vc assobiando

(esse meu amor, supernova lado b,

coisa rara de uma constelação sem luz)

: os novos invisíveis mandam dizer

- que meu poema pesa uma tonelada

e se deus quiser descer pra vê, que desça armado

v.

hoje escrevo para os mortos

e por isso as letras não são

aqui na selva há um nevoeiro pesado

ofuscante branco

que oculta os meninos que fodem um formigueiro em terra viva

hahahá riem os canos dos soldados

que escondidas essas mulheres grávidas baioneteadas

outras menos mais mulheres troca-trocam fuzis por piratas de comédias românticas

ah, ofusca-nos, meu jesus niño de ojos tristes

e como prosseguir?

a poesia desfaz-se nessas paragens brancas

mal risco

macula-se

do próprio desaparecimento

special tanks for nação zumbi

pela artilharia pesada de 1 tonelada de surdez

rachando os batentes aqui dentro quando os ouço nesse quase todo-o-dia

e dedico ao alan, como tudo, como sempre

pelas mais bellas estrellas oscuras, me ensinaram a enxergar.

this work is in public domain

this trabajo is in público dominio, ese

esta obra es del dominio público

essa obra és del dominio público

essa obra está em domínio público

we have no miedo about la boa y old fashioned pirataria,

nem of their nobles sponsors

NT: e caros devoradores de poetas vanguardistas europeos muertos – esses poemas no son inéditos y fueran

blogue : peixe de aquário

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